Seja Bem-vindo ao meu blog



Olá colegas, como a professora Elizabeth nos solicitou estou criando o meu blog educacional. Espero poder colaborar com todos nesta nossa difícil tarefa de aprender Didática do Ensino Superior e, principalmente, encontrar assuntos interessantes e pertinentes para dividir com todos vocês.Comentários, críticas, participações e colaborações serão sempre muito bem acolhidos aqui. Conto com vocês e bons estudos a todos!



quinta-feira, 10 de abril de 2008

Adorei estudar com todos vocês!!!

Queridos colegas,

não sei se teremos oportunidade de estudarmos todos juntos novamente, afinal somos de cursos diferentes, mas eu não queria perder a oportunidade de dizer a todos vocês que foi um prazer enorme assistir às aulas de Didática do Ensino Superior com vocês!
Achei muito boa a idéia de misturar as turmas de Direito Processual Civil e de Assessoria Parlamentar! Foi uma mistura interessante de objetivos e realidades que resultou em uma troca de experiências muito rica! Sem falar na oportunidade de conhecer pessoas tão interessantes e de fazer novos e bons amigos!
Como não estarei com vocês nas próximas aulas, deixo aqui o meu abraço e desejo de revê-los em breve nos próxiomos módulos ou pelos corredores do ICAT.

Quero deixar um beijo muito especial às minhas companheiras de aula: Anelise, Luciane e Nágila! Vocês foram 10!!

À Professora Beth quero deixar um agradecimento especial pelas ótimas aulas, pelo grande senso de humor e sorriso contagiante que esteve presente em todas as suas aulas! É muito bom estudar com uma pessoa que mostra tanta alegria em desenvolver o seu trabalho! Sua energia nos dá mais vontade de superar os obstáculos e dificuldades que apareceram durante o curso! Obrigada por todas as pedras que colocou nos nossos caminhos e que nos ajudou a retirar ou pelo menos desviar! Com certeza saio desta disciplina muito melhor do que entrei!!Muito, muito obrigada e espero ter a oportunidade de ser sua aluna novamente!!

terça-feira, 1 de abril de 2008

Meu blog preferido

Após sofrer muito para construir o meu blog (mesmo não tendo sucesso em desvendar a ferramenta do "saiba mais" ou "leia mais" que prejudicou muito o uso do meu blog), acabei descobrindo um enorme prazer em superar meus limites. Confesso que no final eu já estava me divertindo muito mudando as cores e colando figuras. Foi uma atividade muito interessante e me mostrou que sou capaz de muito mais coisas do que imagino!

Na segunda parte do trabalho, a hora de analisar o blog dos colegas, não tive dúvidas: o melhor blog, na minha opinião, foi o do André. O blog educação tributária me pareceu muito inteligente. Claro, tenho o maior interesse no assunto, mas mesmo que não fosse este o caso. Chamar a atenção dos colegas com informações a respeito do Imposto de Renda nesta época de entrega de declarações é genial.
Parabéns André! E colegas, visitem o Blog dele! Vale a pena, é muito educativo!

domingo, 30 de março de 2008

Vamos copiar a Finlândia?


A Reforma Tributária é um assunto tão relevante para o país que seu sucesso será capaz de mudar a realidade econômica do país, colocando-o realmente a caminho do desenvolvimento sustentável. Poderá ser um "turning point" na economia brasileira. Será a nossa oportunidade de criar um país estruturalmente eficiente, ou pelo menos um pouco mais fácil para o contribuinte que passa grande parte de seu tempo tentando decifrar a estrutura tributária nacional para conseguir pagar direito seus tributos corretamente.Já que estamos discutindo a possibilidade de colocar o Brasil mais próximo do primeiro mundo,não deveríamos também aproveitar a oportunidade para incluir neste pacote o tema da destinação de parte da arrecadação para o maior legado que podemos deixar para as próximas gerações:o ensino.(embora este seja um tema de direito financeiro e não tributário, a correlação é suficiente para colocá-los lado-a-lado.)
Atualmente destina-se aproximadamente 3,5% do PIB à educação pública. Destes, 3% vão para a educação básica e o restante para a educação superior, valores que já seriam muito pequenos se fossem destinados exclusivamente à manutenção e desenvolvimento do ensino. Entretanto, a situação é ainda pior, pois neste percentual estão incluídas despesas com aposentadorias e pensões e despesas de capital, além de diversas outras que não correspondem diretamente à manutenção da educação. É uma "maquiagem contábil" que infla os gastos públicos com educação em cerca da terça parte do total,Para fazer parecer que a situação não é tão dramática quanto a realidade.
A Finlândia, que possui o melhor ensino do mundo, de acordo com a avaliação do relatório PISA, elaborado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).Estima-se que este país destine cerca de 6,1% de seu PIB para os gastos destinados à educação.Além de possuir toda uma estrutura baseada na busca contínua de melhorias e 30 anos de investimentos ininterruptos.Que tal começarmos agora, aproveitando este momento, para construirmos um País muito melhor para nossos filhos e netos?



Resenha baseada nos artigos: "A melhor escola do mundo", publicado na Revista Veja de 20/02/2008 e " A educação na Reforma Tributária" publicada no Correio Braziliense de 24/03/2008.

sábado, 29 de março de 2008

O desafio de ler e compreender a pedagogia da autonomia de Paulo Freire



Paulo Freire foi um grande educador brasileiro que destacou-se por seu trabalho na área da educação popular, voltada tanto para a escolarização como para a formação da consciência. É considerado um dos pensadores mais notáveis na história da pedagogia mundial, tendo influenciado o movimento chamado pedagogia crítica.
A turma de Didática do Ensino Superior foi convidada a ler a sua última obra publicada em vida: o livro "Pedagogia da Autonomia". È um livro pequeno em tamanho, mas com um conteúdo enorme e riquíssimo, graças ao grande poder de concisão do autor, qualidade esta em que eu falho miseravelmente ao tentar escrever sobre ele, e por este motivo me desculpo antecipadamente aos leitores deste blog.
Esta é uma obra onde Paulo Freire reuniu suas experiências práticas e teóricas, adquiridas ao longo de sua carreira e que foram transformadas em pensamentos que buscam a integração dos participantes no processo de educação e a busca de novos métodos, valorizando a curiosidade dos alunos e a criatividade dos educadores, além de condenar a rigidez do ensino, que deixa à margem do processo de socialização os menos favorecidos. O tema central do livro é auxiliar a formação de professores, numa reflexão sobre a prática educativo-progressista em favor da autonomia dos alunos (pois formar é muito mais do que simplesmente educar). São apresentadas propostas de práticas pedagógicas necessárias à educação como forma de construir a autonomia dos alunos, valorizando e respeitando sua cultura, seus conhecimentos prévios e suas características pessoais. Como base de seus ensinamentos, Freire defende que é mais importante formar o ser humano, inspirá-lo a buscar seus próprios conhecimentos e ensiná-lo a fazer reflexões críticas de sua realidade. Enfatiza ainda alguns aspectos essenciais ao bom educador, tais como: simplicidade, humanismo, bom senso, ética e esperança. Em sua opinião, o fracasso educacional atual deve-se em particular às técnicas de ensino ultrapassadas e sem conexão com o contexto social e econômico do aluno, mantendo-se assim o "status quo", pois a escola ainda é um dos mais importantes aparelhos ideológicos do Estado.

No primeiro capítulo do livro, o autor procura também mostrar que a teoria deve ser coerente com a prática do professor, que passa a ser um modelo e um influenciador de seus alunos: não seria convincente falar para os alunos que o alcoolismo faz mal à saúde e tomar bebidas alcoólicas em profusão. Deve-se ter “raiva” da bebida, pois a emoção é o que move as atitudes dos cidadãos. Várias vezes, o autor fala da “justa raiva” que tem um papel altamente formador na sociedade. Uma "raiva" que protesta contra injustiças, contra a deslealdade, contra a exploração e a violência. Podemos definir esta “justa raiva” como aquele desconforto que sentimos mediante situações como a acima descrita. A prática educativa em si deve ser um testemunho rigoroso de decência e de pureza, já que nela há uma característica fundamentalmente humana: o caráter formador. Para isso, o professor deve se utilizar, da "corporificação das palavras", usando exemplos do dia-a-dia para demonstrar o conteúdo. Destaca a importância de propiciar "condições aos educandos, em suas relações uns com os outros ou com o professor, de treinar a experiência de ser uma pessoa social, que pensa, se comunica, tem sonhos, tem raiva e que ama" (pág 46). Isto despe o educador e permite que se rompa a neutralidade do mesmo e assim acredita que a educação é uma forma de intervenção no mundo, que não é neutra, nem indiferente, mas que pode implicar tanto a ideologia dominante como diferenciá-la. A construção do saber depende da importância que o educador dá à parte social, à comunidade na qual ele trabalha, para conseguir aproximar os contextos a realidade, compondo assim um dialogo aberto com o aluno. Deste modo Freire simplifica: “não há docência sem discência”.



No segundo capítulo, Freire levanta a necessidade dos educadores criarem as possibilidades para a produção ou construção do conhecimento pelos alunos. Insiste que “...ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para sua própria produção ou a sua construção”, e que o conhecimento precisa ser vivido e testemunhado pelo agente pedagógico. Esse raciocínio existe "por sermos seres humanos e, como tal, temos consciência que somos inacabados" (pág 52). Assim, é esta consciência, que deve motivar a pesquisar, conhecer e mudar. Dito em poucas palavras por Freire: “o que está condicionado, mas não determinado”. Passamos assim, a ser sujeito e não apenas objeto da nossa história, pois não devemos ver situações como fatalidades e sim estímulo para mudá-las. O educador deve preocupar-se em não inibir ou dificultar a curiosidade dos alunos, muito pelo contrário, deve estimulá-la, para que os mesmos busquem desenvolver cada vez mais seus conhecimentos, em uma atividade prazerosa e preenchedora.



No último capítulo, Freire mostra a necessidade de segurança, do conhecimento e da generosidade do educador para que tenha autoridade, competência e liberdade na condução de suas aulas. Defende a necessidade de se exercer a autoridade com a segurança fundada na competência profissional, junto à generosidade. Ensinar exige comprometimento, sendo necessário que se aproxime cada vez mais os discursos das ações. Sendo professor, é necessário conhecer o que ocorre no espaço escolar e estar ciente de que a sua presença nesse espaço não passa desapercebida pelos alunos. Para Freire, a Pedagogia da Autonomia deve estar centrada em experiências estimuladoras de decisão, de responsabilidade, ou seja, em experiências respeitosas de liberdade. Para isso, ao ensinar, o professor deve ter liberdade e autoridade e como ser político, emotivo, pensante não pode ser imparcial em suas atitudes, deve sempre mostrar o que pensa, apontando diferentes caminhos, evitando conclusões, para que o aluno procure o o caminho em que acredita, com suas explicações, se responsabilizando pelas conseqüências e construindo assim sua autonomia. Deste modo, destaca que somente quem sabe escutar é que aprende a falar com os alunos. Finaliza dizendo que a atividade docente é alegre por natureza, mas com uma formação científica séria. Foi somente a percepção de que somos seres “programados, mas para aprender” e consequentemente para ensinar, conhecer e intervir que faz o autor entender a prática educativa como um exercício constante em favor da autonomia de professores e alunos, não somente transmitindo conhecimentos, mas redescobrindo, construindo e ressignificando estes conhecimentos, além de transcenderem e participarem de suas realidades históricas, pessoais, sociais e existenciais.



A análise da obra de Paulo Freire, nos faz refletir a respeito de suas palavras sérias, mas esperançosas de um futuro onde a relação entre escola, professores e alunos seja mais democrática e participativa, onde o aprendizado se faça de forma natural e instigante. Por outro lado, é difícil deixar de perceber que apesar da obra ter sido escrita em 1996, ela está fortemente ligada ao "espírito" das décadas de 60 e 70. Em vários momentos o autor levanta conceitos relacionados à política e à ideologia que são mais compatíveis com os anos da ditadura militar do que com o período atual (cheio de suas próprias contradições, mas que não comporta mais a noção de engajamento político tão enfatizada no livro.) A busca por um país mais democrático e igualitário passa necessariamente pela oportunização de um ensino de qualidade para todos, mas, em minha opinião, não faz parte do papel do professor levar sua ideologia para dentro da sala de aula (embora seja realmente difícil descartá-la por completo de seu discurso). De qualquer forma, é muito importante este questionamento da estrutura rígida e inflexível que permeia a nosso ensino, com raras e honrosas exceções. E é importante lembrar que a maior parte dos alunos brasileiros sofrem com um problema ainda muito maior do que o tradicionalismo da educação: a baixíssima qualidade do que é ensinado, a precariedade das escolas e o despreparo dos professores.

Resenha escrita com base no livro "a Pedagogia da autonomia" de Paulo Freire

Nem só de Universidades vive o ensino


Há algum tempo o Brasil tem feito enormes esforços para facilitar o ingresso de jovens na Universidade, como se possibilitar este acesso fosse a solução para todos os problemas de ensino do País. A situação criada gerou grandes inconvenientes como o surgimento de inúmeros cursos superiores de baixa qualidade e alunos mal formados que não consegue acompanhar o nível de ensino desejado para o nível superior.

Durante sua visita à Câmara dos Deputados, o ministro da Educação, Fernando Haddad levantou uma das causas deste problema: a pouca atenção dada ao ensino médio. Segundo o Ministro, o ensino médio vive “uma crise aguda” e, das etapas da educação básica, "talvez seja a que inspira maiores cuidados. Para minimizar o problema sugeriu-se a ampliação das escolas técnicas profissionalizantes, e a discussão de um novo currículo para o ensino médio, lembrando que a separação entre formação geral e profissionalizante no ensino médio está um pouco "fora de moda", tornando-se desinteressante para uma boa parcela dos estudantes.

É sempre um ótimo sinal que seja feito um questionamento sincero a respeito da forma que o sistema educacional brasileiro vem sido gerido em especial em uma área que tem sido tão deixada de lado como o ensino médio. Apesar de qualquer mudança a respeito da educação ser lenta e gradual, é muito importante que inicie-se um processo de discussão que leve a uma ampla mudança na forma de ser de nosso sistema educacional.

Resenha baseada no artigo "Ensino médio vive crise aguda, afirma ministro da Educação" Entrevista concedida ao Site Radiobrás e publicada no jornal O Globo, em 27/03/2008.

sexta-feira, 28 de março de 2008

Questionando o vestibular

Nesta semana o Ministro Fernando Haddad criticou o processo seletivo utilizado pelas universidades, classificando como "um horror" os processos de seleção das universidades públicas. "O vestibular não orienta o currículo do ensino médio, prejudica alunos que não tiveram conteúdos específicos e são talentosos", disse o ministro. Haddad afirmou ter se reunido recentemente com os reitores das instituições federais para discutir mudanças nos vestibulares. Para o ministro, as provas atuais são tão "decorebas" quanto os currículos do ensino médio brasileiro.
Já estava na hora de alguém questionar um sistema tão rígido e antiquado quanto o vestibular.
Este sistema que vem sendo aplicado no Brasil é muito limitante, não tem conteúdo específico e desperdiça muitos talentos. Chegou o momento de discutirmos formas alternativas de seleção de ingresso de nosso jovens para a Universidade, formas que valorizem as diferentes qualificações que cada aluno possui e que sejam capazes de medir o potencial dos mesmo, valorizando aqueles que realmente se destacam em algum campo, que não seja o da memorização.
Sem dúvida esta é uma tarefa espinhosa, mas certamente o Brasil conta com um campo de especialistas preparados e criativos o suficiente para fazer frente a este enorme desafio.
Resenha baseada no artigo "Especialistas criticam vestibular e atrelam problemas ao ensino médio defasado" e "Ministro da Educação critica Vestibular" publicados no Jornal O Globo de 27/03/2008

Construção do conhecimento: algumas referências

O texto de Leila G. I. Grassi oscila entre referências tradicionalistas e progressistas, ao abordar as tendências de construção do conhecimento humano.
Inicia ratificando que o docente, ao longo dos anos, tem se colocado perante seus discentes como “dono do saber”. Ao analisar a relação atual entre professor e aluno, aponta seu caráter essencialmente narrativo. É o que se conhece por concepção cumulativa da educação ou “concepção bancária”.
Na busca de uma nova relação em sala de aula, a Autora coloca o professor como agente mais experiente e sistemático que tem capacidade de devolver ao aprendiz, de modo organizado, as informações do objeto do conhecimento, não se esquecendo da experiência que o aluno possui, de sua historicidade. Em meio a esse contexto, cabe ao professor educar-se continuamente para provocar o gosto para descobrir e testar, estimulando-o a sentir prazer em criar, tornando-o um sujeito questionador, crítico, ser pensante e produtivo capaz de mudar a realidade em que vive.
Para que haja a construção do conhecimento, propõe a Autora uma visão metodológica que supera a simples exposição e que se divide em três pontos principais:

· mobilização para o conhecimento - o trabalho do educador é seduzir o aluno para que ele aprenda. O docente deve ter o domínio do conteúdo e demonstrar seu interesse, a sua paixão pelo objeto de estudo a ponto de mobilizar o grupo de alunos;
· construção do conhecimento - para a elaboração efetiva do conhecimento deve-se permitir ao aluno confrontar-se com o objeto, levando-o a se inteirar completamente do mesmo, para haver a compreensão do essencial. Dessa forma, todo processo de ensino deve partir dos seguintes pontos: problematização, instrumentalização, mudança de atitudes e prática social.
· elaboração e expressão da síntese do conhecimento - o educando constrói o seu conhecimento da síncrese para a síntese, mediadas pela análise, rompendo com idéias pré-concebidas.

Destarte, conforme preceitua a Autora, para que haja efetivamente aprendizagem é necessário que o sujeito queira aprender, sinta necessidade, tenha estrutura de assimilação para aquele objeto e conhecimento prévio.
Diante dessa nova concepção, Leila G. I. Grassi defende a idéia de que o docente abandone a postura de “transmissor de conhecimentos” e o aluno de “receptor-passivo” de conteúdos, construindo um conhecimento diário e duradouro, em um ambiente democrático, crítico e produtivo, onde o discente é estimulado a interagir, dialogar, analisar, sintetizar, de forma que “a educação passe a ser um processo de descobertas e buscas que não tem fim”.

Resenha do ensaio "Construção do Conhecimento" de autoria de Leila Grassi.Elaborado pelo gupo de trabalho formado por: Ana Paula Giglio, Antonio Sérgio Coutinho da Silva, Carlos Antonio Silva Machado, Sandra Maria de Lacerda Miranda, Nelson Silva.

quinta-feira, 27 de março de 2008

Visita ao portal do MEC

mec.gov.br..... Este é o endereço do site que me tirou horas e horas de tranqüilidade!
Uma das nossas tarefas foi visitar o portal do MEC e escrever nossas impressões sobre ele. Isso me deixou meio preocupada, pois ao entrar no site fiquei meio confusa: quanta coisa! Para onde ir? O que visitar primeiro? Como escolher no meio de tantas informações quais seriam as importantes para o nosso curso?
Segui a lógica: Estou cursando Didática do Ensino Superior, então ensino superior. Mas por outro lado estou cursando uma pós-graduação, então talvez seja interessante olhar a parte dedicada à Pós-Graduação (CAPES). Bem, pelo menos delimitei as minhas opções. Acabei ficando com a segunda opção, deve me despertar mais interesse analisar a minha realidade. E parece que a decisão foi acertada, pois a página que se abriu me pareceu mais clara, mais fácil de entender. Aqui pelo menos estamos falando a mesma língua (eu e o site!)!
Pós-graduação no exterior! Meu sonho (meu e da torcida do Flamengo!), não posso deixar de dar uma olhadinha. Mas ali não era o meu lugar! Fala de doutorados, pós-doutorados, estágios, prêmio... Ainda vou ter de estudar muito para chegar lá.
Acabei partindo para a cooperação internacional e descobri que a CAPES promove intercâmbios entre grupos de pesquisa brasileiros e estrangeiros. Muitas exigências às quais não me encaixo, mas foi bom descobrir que temos intercâmbios com diversos países, tais como Alemanha, Argentina, China, Cuba, Espanha, Estados Unidos, França..... e muitos outros. Ponto para o MEC! Melhorando a qualidade do conhecimento aqui na terrinha e levando as nossas melhores cabeças para o mundo!
Com o tempo acabando resolvi dar uma espiada nos cursos recomendados. Fiquei muito animada ao ver que a Universidade que cursei tem um conceito bem alto, tanto no mestrado quando no doutorado (6)! Pena que estou tão longe para poder aproveitar, mas o Distrito Federal também tem Universidades muito bem conceituadas. A curiosidade foi grande e tentei achar a nota da graduação que cursei, mas acabei esbarrando no “site que não fala a minha língua”! Brincadeiras à parte, comecei a pesquisa com uma certa má vontade, mas com uma forcinha acabei a me interessar e finalmente saí da aula com as pazes feitas com o MEC e até deixando um gostinho de quero mais, de tentar descobrir o que mais tem de interessante neste site tão rico. Isto sem falar na percepção de que ainda tenho um caminho longo, mas muito interessante a traçar no campo do conhecimento.



http://www.mec.gov.br

terça-feira, 25 de março de 2008

Um texto vindo das terras de além-mar


Ao analisar o texto “Blogs: um recurso e uma estratégia pedagógica” da Professora Maria João Gomes fique surpresa com a atualidade do tema. A Professora nos mostra as possibilidades de exploração do recurso tecnológico muito em voga atualmente (os blogs) como recurso e estratégia pedagógica.
Blogs são canais de comunicação e expressão que permitem o contato entre pessoas de interesses comuns e que passaram a fazer parte da realidade moderna, principalmente entre os jovens. Usam-no como um diário on-line, onde expõe suas idéias e narram acontecimentos de suas vidas, mas também permitem difundir informações, ou ser usados como ferramenta de trabalho em diferentes tipos de profissionais, tais como jornalistas, repórteres, pessoas de projeção, artistas, poetas, desenhistas, escritores, fotógrafos... A característica principal é a interação entre os diferentes espaços, possibilitando ao internauta tecer comentários sobre o que foi postado pelo autor do blog.
Esta é a forma progressista de se pensar a educação: usar o recurso existente – os blogs – e transformá-los em um recurso pedagógico. Por este motivo eu quis aproveitar meu primeiro post para escrever sobre o texto da professora Maria João porque ele nos mostra o motivo pelo qual estamos desenvolvendo blogs na disciplina de Didática do Ensino Superior. Estamos unindo o que a tecnologia tem de mais moderno com o aprendizado, trazendo a realidade do dia-a-dia para a aplicação dos conteúdos que precisamos estudar.
No decorrer do texto ela nos mostra as características da ferramenta, suas origem, funcionalidade e sugere usos educacionais diversos, tais como: criar um espaço de acesso à informação especializada (acesso a sites e outros blogs contendo informações relacionadas ao tema), ou de disponibilização de informação por parte do professor (que seleciona matérias sobre assuntos da aula para enriquecer o estudo e o conhecimento dos alunos), servir de portfólio digital (espaço digital de acompanhamento e reflexão sobre as atividades e temas abordados em sala de aula), ou de espaço de intercâmbio e colaboração entre escolas(possibilitando a troca de conhecimentos entre as diferentes instituições), e até para debate (discussão de um tema por diferentes grupos) e integração(possibilitando a participação de diferentes alunos e professores na troca de experiências e opiniões).
A utilização dos blogs com objetivos didático oferece muitas vantagens, pois unem pessoas em torno de tópicos, possibilitando discussão e criação, individual e coletiva. Em suma, os blogs parecem ter sido feitos sob medida para atingir o objetivo da educação do século XXI: a construção do conhecimento.

Resenha do Ensaio “Blogs: um recurso e uma estratégia pedagógica” de autoria da Professora Maria João Gomes.

sexta-feira, 14 de março de 2008

O problema é bem mais grave do que a seleção feita pela Universidade


No começo de Março, ganhou muita visibilidade a notícia de que o menino João Victor, de oito anos foi aprovado em um vestibular de direito da Unip de Goiânia/GO. É impressionante uma criança de oito anos conseguir tamanho feito, uma vez que por mais inteligente que seja ainda não cursou ainda o ensino médio e portanto não domina conteúdos que são necessários ao ingresso na Universidade. Mas a questão aqui levantada é outra: o motivo de tanta discussão. Se as crianças de oito anos não conseguem, depois de dois anos no sistema escolar, ler e escrever – como ocorre com a maioria dos estudantes – isso não causa consternação nenhuma, não é mais notícia de jornal. Mas quando um menino da mesma idade, inteligente o suficiente para já estar na quinta série, é aprovado num concurso para pessoas de 17, aí sim alguém precisa ser investigado e punido (como ocorre agora, pois o MEC prometeu analisar o caso com minúcia para verificar se não ocorreu nada de errado com a prova de João Victor). Estamos, como país, com a cabeça no lugar errado.
O problema não é com a UNIP que está selecionando mal. O problema é o nível de conhecimento com que os alunos chegam ao final do ensino médio. Com a proliferação dos cursos superiores, as faculdades e universidades precisam preencher as vagas disponibilizadas e com isso vêm baixando o nível de exigência para o ingresso em seus quadros.

Será que não está na hora de quebrarmos este ciclo e começarmos a exigir mais qualidade no ensino de uma forma geral? Desta forma os cursos superiores não precisarão também baixar a sua qualidade de ensino para se adequar aos alunos e as entidades de classe não serão mais obrigadas a exigir a aprovação em provas para habilitar o aluno formado a exercer a profissão (como vem ocorrendo, por exemplo, com a Ordem dos Advogados do Brasil que se vê obrigada a testar os candidatos a advogados para garantir a qualidade dos serviços prestados por seus filiados).


Resenha escrita com base no artigo "João Victor e as faculdades 'caça-níqueis' ", publicado no jornal Correio Braziliense, em 07/03/08